A Dra. Delasnieve Miranda Daspet de Souza afirma que é possível ressocializar um criminoso, promovendo sua reintegração na sociedade como um sujeito consciente do seu papel, inclusive de seus direitos e limites de cidadão, diminuindo as chances de reincidência. Na maioria das vezes, o próprio detento não acredita em si mesmo nem em seu potencial como cidadão e, muito menos, na Justiça. Por isso, é fundamental que todas as pessoas que trabalham no sistema prisional tenham convicção de que é possível resgatar o condenado.
É preciso ter confiança de que toda a engrenagem envolvida no processo – desde a condenação até a execução penal – esteja funcionando no sentido de tratar o preso como um cidadão que está pagando sua dívida social e deve ser preparado para reingressar na sociedade quando estiver quite.
A Comissão de Direitos Humanos por sua Presidente – Dra. Delasnieve Miranda Daspet de Souza, apresentou um projeto ao Secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado de Mato Grosso do Sul em maio último que teve vários desdobramentos e tem suscitado o interesse de varias entidades nacionais quanto internacionais
Com o curso de Direito:
É sabido do gargalo que esta situação apresenta aos presídios brasileiros. Existem casos e casos. Procuramos a Anhanguera-Uniderp e outras escolas de Direito do Estado e apresentamos a proposta – de estagiários aprenderem a fazer cálculos.
As universidades apresentaram uma contraproposta que consiste em:
- aferição da contagem do tempo ( cálculo da pena ) como matéria de prática jurídica;
- Professor/coordenador buscaria o processo nos fóruns – (varas penais );
- Sem quaisquer ônus para o PJ.
Contrapartida: - o TJ teria de oferecer um curso de capacitação aos professores das escolas de direito.
Resultado: estamos no aguardo da decisão do TJ - as escolas de Direito estão prontas.
Previdência
Com o curso de Direito – também se estuda a possibilidade de verificação do problema previdenciário do apenado, lembrando que a previdência social visa propiciar os meios indispensáveis a subsistência da pessoa humana – quando esta não puder obtê-lo ou não é socialmente desejável que os aufira pessoalmente através do trabalho por motivo entre outros fatos – de PRISÃO – mediante contribuição compulsória distinta, proveniente da sociedade e de cada um dos participantes.
Os direitos do condenados estão previstos na LEP. É através desta Lei que o condenado preso poderá, em tese, recuperar o exercício pleno de sua liberdade, de sua personalidade, de sua existência.
Embora o trabalho do preso não fique sujeito ao regime da CLT ( LEP art. 28 parágrafo 2º ) – ele tem direito aos benefícios previdenciários, entre os quais aposentadoria, salário-família, assistência médica, seguro de acidente de trabalho, auxílio-reclusão aos dependentes, etc.
Contrapartida: - o TJ teria de oferecer um curso de capacitação aos professores das escolas de direito.
Resultado: estamos no aguardo da decisão do TJ - as escolas de Direito estão prontas.
SEMI-ABERTO
Com o Curso de Agronomia
1.
Projeto de se plantar lavoura com plantas que possam ser utilizadas na alimentação dos internos. O excedente seria negociado com o Ceasa ou Supermercadistas. Os valores obtidos com a venda reverteriam para a própria instituição. Projeto de criatório de peixes. Criatório de uma área com árvores da região para reflorestamento.
Para a realização e implantação do projeto a faculdade capacitaria 10 detentos que seriam os multiplicadores – com a supervisão dos coordenadores e alunos da faculdade de agronomia,
2.
Da área ociosa de 40 has seriam plantados com gramíneas para alimento dos animais cavalares – da Polícia Montada cuja sede seria transferida para a instituição.
3.
Já foi feita a análise da água que serve a instituição e foi constatado que a mesma não oferece condições de uso – sendo que para a implantação do projeto serão necessários poços artesianos.
4.
Meio Ambiente - Será desenvolvido pelo curso de Agronomia :
- Recuperação do córrego Gameleira que se encontra totalmente degradado;
- Recuperação da mata ciliar;
- Reciclar o lixão – transformando o lixo em adubo orgânico
Com o curso de Engenharia da Computação
Os professores preparariam 10 alunos ( detentos ) que seriam os monitores no semi-aberto. Estes multiplicariam e fariam a orientação dos demais detentos – com curso básico, excel, técnico em computação, etc.
A AGEPEN já tem 15 ( quinze ) computadores - mas estamos agilizando mais uns cinquenta – precisaríamos em torno de 100 ( cem ) CPS para trabalharmos os semi-abertos do nosso Estado.
Com o curso de Engenharia Civil –
Seriam capacitados alguns detentos para servirem de monitores ou multiplicadores dentro da instituição.
Seriam ministrados cursos de mão de obra: pedreiros, serventes, carpinteiros, pintores, azulejistas e construção de moirões, de tijolos, canos e etc... Produtos que seriam – num primeiro momento – utilizados pelo próprio sistema.
Meio Ambiente - o curso de Engenharia Civil da ANHANGUERA-UNIDERP apresentou um projeto para a utilização do lixão – que seriam reciclados e usados na feitura de tijolos, telhas, etc. que seriam utilizados pelo sistema.
Assim seriam resolvidos grandes problemas que assolam nosso país e a humanidade:
a.
Aproveitamento do tempo ocioso dos detentos que com o trabalho ganhariam além do sustento – remição de pena. Se vierem a auferir rendimento pelo seus trabalhos – tais valores poderiam servir para ajudar seus familiares ou os familiares das pessoas que eles prejudicaram.
b.
Ônus menor para a sociedade que arca com a manutenção dos presídios e presidiários e até de seus familiares.
c.
Problema de meio ambiente com a recuperação de rios degradados e reciclagem dos lixos que também geraria dividendos aos presos e as instituições.
d.
Estaríamos promovendo – em síntese – a tão propalada ressocialização.
Dra. Delansieve Miranda Dáspet de Souza
Universal Ambassador Peace Circle
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS
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Delasnieve Daspet