Direitos Humanos e a Pobreza
Delasnieve Daspet*
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Dez de dezembro é o dia dos Direitos Humanos.
O que há a ser comemorado?
Há muita fome, muita sede, muita insegurança, muitas guerras, opressões, indiferenças pelo mundo todo. Em todas as pessoas, em mim e em você.
São vários os temas a serem debatidos na ótica dos Direitos Humanos, entretanto, creio que a pobreza é o mais grave problema da violação de tais direitos.
A pobreza é causa e produto, pois aqueles que têm os seus direitos fundamentais negados são, certamente, os pobres, e, em seu bojo vem à discriminação, ao acesso desigual aos recursos, a estigmatizarão social e cultural.
Ainda não se vê a pobreza pelas lentes dos direitos humanos, mas sim, como uma responsabilidade dos pobres, e, os governantes, geralmente, nada fazem.
Os governos e suas políticas erradas para o combate a pobreza são, na minha visão, os grande culpados por esta situação.
Enquanto não houver interesse político, a pobreza continuará, e, os governos que se comprometem, por tratados internacionais, a fazer da pobreza coisa do passado, nada fazem.
Ao contrário, se humilha o pobre. Isso é o que acontece aqui no Brasil. O pobre é humilhado em sua dignidade com as “bolsas” de todos os tipos. O pobre não necessita de caridade e sim de boas políticas públicas e, ações de toda sociedade.
A inclusão não é uma questão de caridade, mas de vontade.
Devemos compreender que os direitos consagrados na Declaração Universal dos Diretos Humanos significam muito pouco para os bilhões de indivíduos que vivem à margem, vulneráveis, com fome, doentes, sem emprego, etc...
Se olharmos a pobreza baseado nos Direitos Humanos poderemos dar independência aos mesmos, ajudá-los a obter conhecimento e condições para regerem suas vidas.
O problema será erradicado quando a educação, a saúde, a segurança e o emprego chegar a todos.
Aí, então, os Direitos Humanos serão aplicados aos indivíduos.
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E, é em nome dos famintos,
Dos que sentem frio,
Dos que se revoltam,
Dos que morrem abandonados,
Dos que sonham,
Dos que buscam a paz;
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Em nome dos que falam em silêncio,
Do olhar aflito,
Dos humilhados pelas esmolas,
Dos que dormem ao relento,
Dos que a fome lhes dói,
Dos que estendem as mãos aflitas,
Dos que gemem de dor
Dos que choram lágrimas de medo;
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Em nome dos sonhos mortos,
Dos que dormem na chuva,
O sono miserável dos esquecidos,
Ofereço estes versos como um diálogo de paz.
Ofereço a minha voz para que se rebelem
Contra todas as xenofobias e discriminações;
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Ofereço meu canto de liberdade para que
Todos tenham o direito de ser humano,
E, fiquem livres da opressão, da tirania e do medo;
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Ofereço minhas mãos para que nos liberem das dores
Da indiferença, das guerras e do terrorismo;
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Ofereço minha força
Para eliminar as exclusões e injustiças..
Divido meu pão
Com aqueles que a fome destrói;
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Ofereço o meu cobertor para que se agasalhem
Da chuva e do vento que os acolhe nas ruas;
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Ofereço meus versos, meu bem maior,
Para a construção de uma herança de paz.
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Entrego a minha poesia como semente,
Que ela germine na chuva, ajudando a diversidade e a biodiversidade;
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Entrego minhas canções para que se diluam nos ventos,
Nas águas, nas matas, no fogo, e, enfim,
Aniquile a gaiola, a prisão silenciosa, que atordoa
O invisível!
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Ofereço meu canto de paz e me associo a harmonia que induz o PAZEAR:
Eu pazeio!
Tu pazeias!
Ele pazeia!
Nos pazeamos!
Vos pazeais;
Eles pazeiam.
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**Delasnieve Miranda Daspet de Souza
Embaixadora Universal da Paz
no âmbito do Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Ativista de Causas Humanitárias, Ambientais, Sociais e Culturais
Campo Grande-MS, 05.12.10