sábado, 11 de fevereiro de 2012

Sopro de Paz! poesia de Delasnieve Daspet

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arte de Aila Tavernard
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Sopro de Paz!
Delasnieve Daspet
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Tantos caminhos.
Vamos e voltamos,
Retornamos ao mesmo lugar...
Buscando  a Paz, onde ela esta?!
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Procuro-a nas matas, nas montanhas, nos rios,
Nas plantas, animais, frutos,
No orvalho que brilha no sol da manhã;
Na vida que nasce todas as horas,
Em todos os locais,
Onde?
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paz estará onde não houver ódios;
Quando irmãos não se agredirem,
Quando religiões não se maquiarem de vestais,
Quando a mão direita não souber da esquerda,
Quando  as vidas não brigarem entre si...
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Andei por  vários atalhos,
Acompanhei os dias que surgiam;
Após o inverno resplandecia a primavera;
Depois do verão as folhas outonam os solos...
E apesar do ruído do mundo 
As madressilvas chegarão...
.
Aprendi que ao amarmos  completamente,
Um amor gratuíto,
Que não se prende a qualquer dogma ou regulamento,
Divinal, o sopro de paz surgirá!
 DD_Delasnieve Daspet  11.02.12 - Campo Grande-MS
 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Há braços - abraços que te esperam! - poesia de Delasnieve Daspet


 
Há braços -   abraços  que te esperam!
Delasnieve Daspet
    
 
Te esperar é saber que estas chegando...
Te esperar, tornam meus sonhos pleno de significados...
Como é bom esperar quem se ama e se admira.
 
Esperar é saber que meu coração
Se torna sublime de amor e de felicidade.
Tenho policiado minhas atitudes,
Lutado pelo que acho justo,
Aprimorando tudo o que envolve o sonhado.
 
Tento  vestir minh´alma
Meu corpo, meu espírito,
Com semblante de paz, serenidade,
Ternura, meiguice, amor e solidariedade,
Me preparando para a tua chegada.
 
És especial.
Há tanto te espero,
Claudicando na luz e na sombra,
Por todas as sendas.
 
És especial - tratas a todos com
Os  mesmos recursos, a mesma atenção.
E nos entendes como ninguém
Entenderá jamais!
 
 
Enquanto te aguardo,
Vou tentando trabalhar  um mundo mais livre,
Com menos discriminações, menos fome,
Menos miséria, menos doenças, menos traições,
Livre de corruptores do bolso e de almas,
Onde a paz não seja utopia.
 
Enquanto não chegas - vou  aprendendo
Com as dificuldades dos seres humanos,
Dificuldade de relacionamento, familiar,
De sobrevivência, de dividir e do partilhar.
 
Te espero - para que nos livre das angústias
Que nos assoberba,
Escravidão,  que não nos dá opção de escolha.
 
Esperando,  exijo de mim
Uma postura, um respeito pelas diferenças
Que constituem a humanidade.
 
Te aguardo sem surpresas,
Pois sei que retornas todos os dias,
Não só no Natal....
Minha espera te encontra em cada  olhar.
 
E na retina de meus  olhos,
- na imensidão do que a alma  alcança  e imagina -
Na terra degradada,  que cede,
Na mata queimada que se  transforma em deserto,
Na água cada vez mais escassa,
Na dor do desamparado,
Sei que não ando sozinha...
 
Estas comigo e com todos os que
Mergulham na incerteza de um amanha!
Há braços -   abraços  que te esperam!
DD_Campo Grande-30-11-08

domingo, 5 de fevereiro de 2012

LAMENTO PELA PAZ! poesia de Delasnieve Daspet



 
LAMENTO PELA PAZ!
 Delasnieve Daspet
 
Guerra é Guerra.
Não importa a sua violência,
ou a sua virulência...
Não existe  desculpa para o descalabro...
As  nossas guerras de todos os dias,
As nossas picuinhas,
As nossas maldades internas,
Nascem do rancor,
da mágoa, do recalque que é o homem...
 
 
É o homem mata!
Suas bombas cruzam  o anil dos céus,
Toldam de cinza as tardes do mediterrâneo,
Pontes, casas, castelos,
crianças esparramadas pelos chãos,
quais bonecos jogados, esquecidos,
sonhos destruidos...
Elos que se quebram,
e que não serão recompostos!
 
Não interessa quem esteja certo,
quem esteja errado...
Nossa consciência nos cobra:
Não se cale!
Não permita  que o amordacem,
que lhes toldem o sol,
que lhes matem o ar,
que lhes escureçam a lua!
Poeta, não permita
que o privem da  liberdade!
 
E, é pelo Homem, o meu lamento!
Que o farfalhar das folhas leve meu soluço,
E abrace a imensidão azul  de nossos  sonhos
De Paz que ouso cantar,
Neste canto de recriação
que entrego ao vento!
 
Recriar... Reciclar... Novos horizontes...
Assumir decisões a cada dia, a cada instante,
Pois não existem estradas fáceis,
Mas a que esta  adiante,
Construindo um caminhar...
 
É pelo homem, este solitário animal,
O meu lamento de Paz!
Campo Grande-MS - 05-08-2006.