NOITE DE CULTURA DA PAZ
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Por: Talitha Moya Foto: Wagner Guimarães
Por: Talitha Moya Foto: Wagner Guimarães
Sessão solene "Cultura da Paz" foi realizada no Plenário Deputado Júlio Maia.O dia 21 de setembro é proclamado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como um dia de cessar fogo e de não violência em todo o mundo. Para celebrar a data, mais de 200 pessoas se reuniram na noite desta terça-feira (20/9), na Assembleia Legislativa, para a sessão solene “Cultura da Paz”, evento que promoveu uma reflexão sobre a prevenção da violência e o respeito à vida.
A iniciativa partiu do deputado estadual Laerte Tetila (PT), autor da lei 4.034, que celebra o Dia Estadual da Cultura da Paz e o Prêmio Paz e Cultura com a finalidade de propiciar à comunidade uma perspectiva de solidariedade e tolerância. “Que as pessoas promovam neste período uma programação para se cultivar a paz, principalmente através da educação, até porque existe uma defasagem muito grande em relação ao tema”, afirmou o parlamentar.
A proposta, explica Tetila, partiu da escritora e poetisa sul-mato-grossense Delasniéve Daspet, que atualmente é Embaixadora Universal da Paz para o Brasil. Reconhecida pelo seu ativismo nas causas sociais e humanas, Delasniéve foi uma das homenageadas da noite.
Em seu discurso, ela ressaltou a importância da promoção da gentileza entre as pessoas. “O dia da paz não deveria ser apenas hoje, deveríamos lutar por ela todos os dias das nossas vidas”, enfatizou. “A paz começa a partir de cada um de nós, ela tem que estar inserida dentro do nosso coração para ser levada adiante", concluiu.
Na solenidade também foram homenageados o professor Aleixo Paraguassu, idealizador e fundador do Instituto Luther King, entidade que objetiva oferecer cursos preparatórios para vestibular a alunos negros, índios e portadores de necessidades especiais.
Para os participantes do evento, Aleixo lembrou a história do primeiro presidente negro da África do Sul e vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, Nelson Mandela. “Ele ficou preso por 27 anos submetido às maiores humilhações, e quando se tornou presidente, convidou seus antigos carcereiros para jantar no palácio”, contou. “Quando perguntado porque ele os chamou, Mandela respondeu que era para dar-lhes a oportunidade de se enxergarem como seres humanos”, continuou, emocionado.
Outras 15 personalidades receberam homenagens dos deputados estaduais. De acordo com Tetila, o momento foi para “agradecer os verdadeiros construtores da paz que têm um trabalho contínuo nas comunidades, por meio de exemplos, das palavras e ações”.
O presidente da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Américo Calheiros, acompanhou a solenidade. Segundo ele, a paz só poderá ser alcançada por meio do diálogo. “É fundamental estabelecer o diálogo porque ele é essencial para criar harmonia entre as pessoas”, afirmou.
Ao fim do evento, o presidente da Assembleia, deputado Jerson Domingos (PMDB), e os deputados Laerte Tetila e Dione Hashioka (PSDB) receberam das mãos de Delasniéve o Diploma de Honra ao Mérito pelas ações desenvolvidas para a efetivação da cultura da paz para Mato Grosso do Sul.
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Delasnieve Daspet